
A minha alma é como uma porta sem maçanetas,
Dificulta entradas, impossibilita saídas,
Emperra-se na dor de esperar sua entrada tão inesperada,
Escancara-se na ânsia da sua permanência quase sempre impermanente,
Deixa feixes iluminados de esperança,
Assim como há dias que fecha toda, deixando a escuridão amadeirada permanecer adentro,
Adentro do meu âmago onde mora o meu amor,
Onde reside minha casa, que me fecha os olhos para ver o jardim afora,
Tem dias molhados, chuvosos de lágrimas de solidão,
A minha alma é como uma porta sem maçanetas,
E busca saídas inexatas para sempre manter-se aberta.

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